Por UELTON GOMES
No dia 08 de agosto de 2020, o Brasil registrou 3.013.369 casos de Covid-19 e, nesse mesmo dia, os números de óbitos já ultrapassavam 100 mil ocorrências (100.543 registros). Enquanto isso, às 19h, o Campeonato Brasileiro estreava, com Fortaleza e Athlético Paranaense, na Arena Castelão.
O mundo vive uma pandemia que trará consequências trágicas, mas vivemos em uma esfera paralela. Até semanas atrás, a média de óbitos era de mil pessoas por dia e, hoje, a discussão é se teremos futebol com público.
Em um mundo racional, nem haveria campeonato no Brasil, porém, vivemos na Era das fake-news.
Mas, vamos voltar para o fim de semana da estreia do Brasileirão, agora no jogo entre Goiás e São Paulo. A partida teve de ser adiada, pois a equipe esmeraldina tinha, entre seus 23 jogadores, 10 contaminados com Covid-19.
Ora, não precisa ter bola de cristal para saber que isso iria acontecer. O país, naquele momento, já havia passado dos 3 milhões de casos.
Passado mais de um mês da estreia do Brasileiro, a nova polêmica agora é o confronto do Palmeiras com o Flamengo.
O time Rubonegro sofreu um surto de Covid-19. Em seu elenco foram confirmados 17 casos e, com isso, a partida também corre o risco de ser adiada. Ironicamente, o Flamengo foi um dos times que forçaram a volta do campeonato.
Esse não será o último caso de Covid-19 envolvendo os times que participam do Campeonato Brasileiro. Outras partidas serão adiadas, mas, não satisfeito com toda essa situação lamentável, o governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC), publicou um decreto autorizando jogos de futebol com torcida respeitando os 30% da capacidade do estádio.
O campeonato brasileiro de 2020 já entrou para história, mas infelizmente, de forma negativa.

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