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| Euronews |
Philip Alston, relator especial da ONU sobre extrema pobreza e direitos humanos, afirmou durante visita ao país, em meados de novembro do ano passado, que “A saída iminente do Reino Unido da União Europeia apresenta um risco particular para pessoas na pobreza, mas o governo aparenta estar tratando isso como secundário”.
E concluiu: "As políticas do governo britânico e os cortes drásticos na proteção social estão gerando grandes níveis de pobreza e provocando miséria desnecessária em um dos países mais ricos do mundo".
A decisão pelo Brexit, que tinha data firmada para o dia 29 de março, foi alterada para 12 de abril e poderá sofrer nova mudança, agora para 30 de junho, a pedido da Chanceler Britânica, Thereza May, que enviou uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
Apesar de causar uma divisão popular no Reino Unido, que vê, na saída da UE, a possibilidade de um aumento considerável na distribuição de recursos destinados à saúde (£350 milhões - R$1,7 bilhão) e numa eventual "nacionalização", ao dificultar a entrada de imigrantes, o Brexit foi definido em um plebiscito, realizado em 23 de junho de 2016. O placar foi apertado: 52% a favor, 48% contra a saída.
Por mais que essas propostas sejam "tentadoras", há também um outro lado: empresas de grande porte, que garantem o giro constante do capital, terão de se instalar em outro lugar, em que não haja o embarreramento, devido aos impostos e taxas diferenciadas. Com isso, a possibilidade de aumento do desemprego e da inflação será praticamente inevitável.
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| Carta escrita pela Premiê Thereza May ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, publicada no Twitter, pelo jornalista Darren McCaffrey (@DarrenEuronews) |
Para nós brasileiros, os efeitos do Brexit virão justamente desse estardalhaço financeiro, com o aumento da inflação e dos juros.
No que tange ao futebol, uma vez que haja o investimento na "nacionalização", ao "fechar as portas" para os imigrantes, muitos dos jogadores estrangeiros, que atuam em alguma das divisões do futebol inglês, na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte terão de obter o Passaporte Europeu ou conseguir uma licença de trabalho outorgada pelo Ministério do Interior Britânico.
No referente às cifras para realizar as negociações de jogadores com clubes do Reino Unido, não encontrei nada que fosse acertivo o suficiente, para dizer se haverá também uma elevação no valor final, mas, por tudo o que foi dito aqui e pesquisado, ouso dizer que a tendência maior é para o "sim".
Torço para que o Reino Unido não se deixe levar por promessas de campanha, ilusões sociais e aproveite o tempo - seja ele qual for-, para refletir, enquanto a Premiê alemã, Angela Merkel, afirma que "há tempo para negociar" e o presidente da França, Emanuel Macron, numa postura mais radical, diz que "não podemos ficar reféns de uma crise política no Reino Unido".
Colaborou: Uelton Gomes




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