quarta-feira, 3 de julho de 2019

Daniel e Jesus desequilibram em noite de "olé" no Mineirão

Pedro Ugarte - AFP
A cidade de Belo Horizonte ficou em polvorosa durante toda a tarde e noite, em virtude do Superclássico entre Brasil e Argentina, pela semifinal da Copa América.

Os bares próximos ao Mineirão, grande palco do duelo, já estavam com fila desde o início da tarde, quando já existia um bloqueio realizado pela polícia, que preservava a área de acesso ao estádio e só quem tinha ingresso podia passar.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, veio para o Superclássico, acompanhado do Ministro da Economia, Paulo Guedes, e, por isso, houve toda uma mudança na logística e aparato da segurança desde a chegada deles na Base Aérea de Belo Horizonte.
Quando a bola rolou, o que vimos foi um confronto equilibrado, aguerrido, com muitas faltas e alguns desentendimentos, ocasionados pela falta de pulso do árbitro equatoriano, Roddy Zambrano, que conversava muito e não se impunha diante dos jogadores.

O gol brasileiro foi marcado aos 19 minutos, em bela jogada feita pelo capitão Daniel Alves, que deu um chapéu no primeiro marcador, se desvencilhou do segundo e tocou para Roberto Firmino, que, dentro da área, tocou rasteiro para Gabriel Jesus estufar as redes.

Messi pouco recebia a bola, mas, na única oportunidade que teve nos 45 minutos iniciais, se livrou da marcação de três brasileiros e chutou rente à meta de Alisson, que assistia ao superclássico como um espectador de luxo.

Durante o segundo tempo, as lambanças da arbitragem continuaram e o clima esquentou em muitos momentos, com empurrões e safanões para todos os lados, que eram apaziguados pela "turma do deixa disso", normalmente composta por jogadores mais experientes.

A Argentina chegou, em um dado momento, a pressionar mais. Messi teve duas oportunidades em cobranças de falta e com a bola em jogo acertou a trave de Alisson.

Mas Gabriel Jesus estava em uma excelente noite, em que tudo dava certo.

O segundo gol da seleção amarelo canário, para o delírio dos pouco mais de 52 mil torcedores presentes no Mineirão, foi aos 71', em jogada surpreendente de Gabriel Jesus, que partiu em velocidade da intermediária até a grande área, escapou das faltas e serviu Roberto Firmino, como prova de gratidão, para estabelecer a Vitória brilhante e convincente, com direito a aplausos e olé.

Para quem temia um fiasco brasileiro diante da Argentina, valorizava o fantasma dos 7 a 1 da Alemanha na Copa do Mundo de 2014, o que ficou foi uma nova e irretocável história, com vitória maiúscula, como nós, brasileiros, esperamos sempre.

Tomara que essa bela apresentação não caia no esquecimento e tenhamos a chance de ver e rever jogos como este, com ousadia, alegria, vontade de vencer, não somente na Copa América, mas em outros campeonatos em território nacional.

O brasileiro que ama o bom futebol, como eu amo, quer ver isso: garra, determinação, empenho, suor na camisa e gols, sem covardia, sem medo de atacar e fazer o gol. Não podemos aceitar e nos conformar com algo diferente disso!

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