O clássico dos clássicos na capital mineira

Arte: Toque de classe

É bonito e preocupante ver o que acontece em torno do grande clássico entre Brasil e Argentina, pela semifinal da Copa América, em Belo Horizonte.

Pelas ruas, vemos brasileiros e alguns turistas, com camisas das duas seleções, ansiosos pelo pontapé inicial, amanhã, às 21h30, no Mineirão.

Dentre os que vestem a camisa amarela canário, os preferidos são variados. Há quem use a 10, a 9 ou a 1. Em relação aos argentinos, há praticamente uma unanimidade: a 10, de Messi.

Para que houvesse foco e a preparação dos atletas fosse feita com qualidade, Atlético e Cruzeiro, dois dos principais clubes de Minas, cederam seus CTs aos semifinalistas: a Seleção Brasileira foi à Cidade do Galo, em Vespasiano, enquanto que a Argentina à Toca da Raposa.

Foi um tal de fotos e mais fotos de Tite e alguns jogadores com o Galo e de Messi com o Raposão. Todos animados, felizes pelo momento que vivem.

A preocupação, a qual fiz referência no início deste texto não é tão somente ao que pode ocorrer nas quatro linhas, em razão do equilíbrio, da rivalidade existente, mas, pela falta de planejamento para o melhor fluxo do trânsito, que, caso as seleções não saiam com antecedência de seus hotéis, certamente vão enfrentar um grande congestionamento.

A Seleção Brasileira está hospedada no Hotel Ouro Minas, o único cinco estrelas de BH, localizado no bairro do Ipiranga. Já a Argentina, no Mercure Belo Horizonte, na Savassi, considerado um bairro nobre, assim como o Belvedere.

O tráfego do Ouro Minas para o Mineirão é mais simples, comparado ao do Mercure. Ainda assim, será interessante que haja uma precaução, para evitar atrasos.

O trânsito, aqui, definitivamente não é como o de São Paulo, com quilômetros intermináveis de congestionamento nas marginais - Pinheiros e Tietê -, mas em pontos específicos, que são estratégicos para o deslocamento sentidos bairro e centro.

Tomara que brasileiros e os argentinos não imitem os chilenos, que chegaram na Arena Corinthians, em São Paulo, com 20 minutos de atraso, para o duelo com a Colômbia, pelas Quartas-de-Final.

E que quando a bola rolar, dê Brasil ou Messi, mas com um bom jogo de futebol, sem vaias, com aplausos e vontade de vencer!